Mansão em que Hebe Camargo morou é encontrada em estado de degradação, e filhos de ex-marido apontam de quem é a culpa; veja as fotos

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Os filhos do ex-marido de Hebe Camargo, o empresário Lélio Ravagnani, estão em uma disputa judicial por causa da degradação da mansão em que a apresentadora morou por 21 anos. Os detalhes do processo foram divulgados nesta quinta-feira (31) por Rogério Gentile, colunista do UOL. Hebe se mudou para a mansão, que era propriedade do empresário, quando eles se casaram, em 1979. Ela só deixou a casa em 2000, ano em que Lélio faleceu.

O imóvel fica localizado no bairro do Morumbi, em São Paulo, e conta com 962 metros quadrados de área construída. O engenheiro Lélio Ravagnani Filho responsabiliza a irmã, a também empresária Leila Ravagnani Barros, pelo estado de deterioração da casa. Leila se mudou para a propriedade em março de 2001 e permaneceu lá por quinze anos.

Lélio entrou com uma ação em que pede uma indenização por danos materiais. Segundo o engenheiro, a mansão foi destruída e inutilizada por “culpa exclusiva” da irmã. “A ré [Leila] tinha a obrigação legal de manutenção, conservação e guarda do imóvel, tendo em vista seu uso exclusivo”, declarou no processo.

Ele ainda afirmou que Leia “intencionalmente destruiu” o imóvel por causa de uma outra ação judicial em que ele cobrava a irmã o pagamento de aluguéis, inclusive retroativos, referente à parte que lhe cabe no imóvel. Lélio contou que na época seria realizado um procedimento de avaliação para definir o valor da locação. “Quanto menor o seu valor de locação, menor seria a sua condenação naqueles autos”, disse ele.

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Leila, por sua vez, afirmou no processo que o irmão age de forma “oportunista”, com o objetivo de “um enriquecimento indevido”. Ela relatou à Justiça que não tem responsabilidade alguma sobre a degradação da casa. Segundo Leila, a propriedade foi danificada em 12 de janeiro de 2015 por uma “tempestade de grandes proporções que devastou a região do Morumbi”. “Os fortes ventos destelharam a casa, e a chuva torrencial inundou todo o imóvel”, declarou.

Como Lélio é coproprietário, a irmã aponta que ele também deveria investir e cuidar da manutenção da casa junto com ela. “Ele jamais despendeu quaisquer valores para a manutenção e conservação do imóvel”, disse Leila.

Imagens do laudo (Foto: Reprodução/ UOL)
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Ela ganhou a ação em primeira instância, em decisão tomada pelo juiz Carlos Pratavieira em maio de 2019. “O autor do processo [Lélio Filho] também estava obrigado a concorrer para as despesas de conservação do imóvel, mas quedou-se inerte ao longo de todo o período que a ré lá residiu”, afirmou na sentença. O engenheiro, por sua vez, recorreu da decisão.

A pedido da Justiça, um laudo foi realizado pelo perito Jerônimo Fagundes Neto que constatou outros fatores, além da chuva, que “contribuíram para a deterioração acelerada” da casa. A análise comprovou que hoje o imóvel “não tem condições de uso e habitabilidade”. Além disso, houve “negligência/ausência de manutenção”, “mau uso da edificação, com sinais de ações de vandalismo de autoria não identificada”. O recurso não tem data para ser julgado.

Veja as fotos do laudo:

Ainda segundo o colunista, a mansão em que Hebe Camargo morou foi colocada a leilão por determinação judicial, mas nenhuma oferta foi realizada. A casa, em seu estado atual, foi avaliada em R$ 8,2 milhões.

O leilão foi realizado pela leiloeira Dora Plat, da Zuk Leilão. A primeira praça ocorreu em setembro. A segunda tentativa foi encerrada no dia 21 de outubro. “Não houve licitantes”, informou a leiloeira à Justiça.



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