O mercado financeiro reduziu sua previsão para a inflação de 2024, passando de 3,86% para 3,81%. A estimativa está no Boletim Focus desta terça-feira (30), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Ainda assim, a previsão está acima da meta de inflação do BC, que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para os próximos anos, as projeções para a inflação permaneceram em 3,5%.
A redução da previsão para a inflação em 2024 pode ser interpretada como um sinal de que o BC está conseguindo conter o avanço dos preços. No entanto, ainda há incertezas sobre o cenário econômico, e a inflação pode voltar a subir se houver novos fatores que pressionem os preços.
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Taxa Selic, PIB e Câmbio
Para atingir a meta de inflação, o Banco Central emprega como principal ferramenta a taxa básica de juros, conhecida como Selic, estabelecida em 11,75% ao ano pelo Copom. Após uma série de quedas no final do primeiro semestre de 2023, a inflação apresentou aumento na segunda metade do ano, uma variação prevista pelos analistas econômicos.
Diante do comportamento dos índices de preços, o Banco Central optou por reduzir a taxa de juros em quatro ocasiões no último semestre, durante todas as reuniões do Copom.
Em comunicado divulgado, o colegiado afirmou que continuará efetuando novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, sem especificar quando encerrará a redução da taxa Selic. Segundo a instituição, essa decisão dependerá da evolução da inflação no primeiro semestre de 2024.
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A estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 1,6%. Quanto a 2025, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, aponta para um aumento de 2%. Para os anos de 2026 e 2027, o mercado financeiro antecipa uma expansão do PIB também na ordem de 2%.
Surpreendendo as projeções, no terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% em comparação ao segundo trimestre de 2023, conforme indicado pelo IBGE. De janeiro a setembro, a alta acumulada atingiu 3,2%.
Com esse desempenho, o PIB alcançou novamente seu patamar mais elevado na série histórica, superando em 7,2% o nível pré-pandemia registrado nos últimos três meses de 2019. Os dados referentes ao quarto trimestre de 2023, consolidando o ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.
A previsão para a cotação do dólar no final deste ano é de R$ 4,92. Já ao término de 2025, estima-se que a moeda americana alcance R$ 5.
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