A Energisa (ENGI11) movimentou quase R$ 2,5 bilhões em uma bem sucedida oferta primária de ações na bolsa.
A companhia colocou tanto o volume pretendido originalmente quanto um lote adicional de ações preferenciais e ordinárias ao preço de R$ 9,96 cada.
As novas ações serão convertidas em units empacotadas na proporção de quatro ações preferenciais por uma ação ordinária. Isso leva a um preço de R$ 49,80 por ENGI11.
O resultado da oferta ficou praticamente em linha com a cotação da unit ENGI11 no fechamento de 19 de janeiro (R$ 49,99), usado como referência no anúncio da oferta.
Em relação ao fechamento da unit da Energisa ontem (R$ 50,56), o desconto é de apenas 1,5%.
A liquidação da oferta está prevista para amanhã.
Dinheiro no caixa da Energisa
Vale lembrar que a oferta da Energisa consistiu em distribuição primária de ações.
Nesse tipo de operação, o dinheiro levantado vai diretamente para o caixa da empresa.
A companhia pretende usar os recursos líquidos levantados com a oferta para fortalecer e otimizar a sua estrutura de capital.
A oferta foi amplamente garantida pela família Botelho, controladora da Energisa.
Ela colocou dinheiro novo na empresa mantendo a proporção de sua participação antes da operação.
A Gipar, empresa por meio da qual a família Botelho investe na Energisa, possui 62,9% das ações com direito a voto do grupo e aproximadamente 27,7% do capital total.
A oferta foi destinada exclusivamente a investidores profissionais, isto é, pessoas físicas ou jurídicas que possuem investimentos financeiros superiores a R$ 10 milhões e tenham validado por escrito essa condição.
Os bancos Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch (BofA), Bradesco BBI, BTG Pactual, Citigroup, J.P. Morgan e Scotiabank Brasil coordenaram a oferta.